A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou o Índice de Responsabilidade Fiscal, de Gestão e Social (IRFGS) dos municípios brasileiros. Elaborado com base em dados oficiais do exercício de 2004, o índice tem como objetivo avaliar o desempenho das administrações municipais, criando o ranking do desempenho fiscal, administrativo e social. O Índice de Responsabilidade Fiscal mede a relação de endividamento, suficiência de caixa e gastos com funcionalismo. O Índice de Gestão leva em consideração quanto dinheiro público é consumido no custeio da máquina administrativa, incluindo a Câmara de vereadores, e quanto é aplicado em investimentos. O Índice Social mede o acesso da população à Saúde e à Educação. A metodologia utilizada avaliou os municípios numa escala que varia de zero a um. Para o cálculo da média final, a dimensão fiscal teve peso de 50%, a gestão 30% e o social 20%. Uma das conclusões da CNM, ao analisar os resultados do IRFGS é que existe uma relação inversa entre as responsabilidades fiscal e social. “Existe uma tendência dos municípios de focar a atenção para a responsabilidade fiscal e esquecimento social”, diz o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski. “E quem cuida muito da saúde e educação acaba descuidando da responsabilidade fiscal”, analisa. Entre os 100 primeiros do ranking, o Rio Grande do Sul se destaca com 39 municípios, seguido por São Paulo (19) e Santa Catarina (14). Dentre estes 39 municípios do Rio Grande do Sul, Três Coroas aparece na posição 35, como único município do Paranhana entre os 100 melhores colocados. Igrejinha aparece na posição 501; Riozinho na posição 1267; Parobé na posição 2315; Rolante na posição 3598 e Taquara na lamentável posição 3944. A chave para o bom desempenho está na eficiência da gestão, que, em síntese, significa administrar com austeridade, gastando apenas o que tem naquilo que é prioridade para a comunidade. Pelos resultados, Taquara e outros municípios precisam aprender muito. E professor tem, é Três Coroas.