O orgulho líquido no âmbito da sociedade

O publicitário Nizan Guanaes, num artigo publicado no Jornal do Comércio e reproduzido pela Agenda 2020, diz que só o lucro liberta, mas complementa, convidando para ao em vez do lucro líquido, busquemos o orgulho líquido. Se, depois do lucro líquido, não sobrar orgulho, não vai sobrar nada para ser contado. E criar orgulho é muito mais difícil do que criar lucro. É um desafio para impulsionar empresas e se conquista com a tão falada responsabilidade social.  Responsabilidade social é ter o melhor lucro dentro das melhores práticas. E só empresas lucrativas e responsáveis vão prosperar neste mundo altamente competitivo em que nos encontramos. Isso passa pelo desafio de reter talentos, cada vez mais raros, por problemas especialmente da falta de qualidade na formação. É preciso treinar, engajar em valores e sonhar. Um sonho grande e possível. E se for apenas um sonho por dinheiro, será impossível reter os talentos num mercado tão aquecido e com tantas oportunidades. Um sonho grande se constrói com orgulho líquido, diz Guanaes, e e eu aproveitaria este artigo, para estendê-lo a toda uma sociedade, mais especificamente ao nosso Vale do Paranhana, que há 30 anos atrás nem tinha esta identidade, era um anexo de outros Vales, ou uma encruzilhada, que acaba não sendo nada, ou apenas um meio secundário. Hoje não, apesar de muitas dificuldades e carências existentes, somos do Paranhana, somos o Paranhana e temos um grande sonho, um sonho capaz de orgulhar, o sonho de se tornar uma região de primeiro mundo, conforme é a pregação da Agenda Paranhana 2020. Mas, para isso, muitos avanços ainda serão necessários.  Primeiro temos que aprender a pensar coletivamente, a deixar de lado muitas vaidades. Depois, temos que aprender a planejar, antes de sair fazendo, definindo alvos estratégicos e caminhos para serem perseguidos com competência e garra. Se pensarmos que sabemos tudo e o outro é indispensável, estamos atrasados. É preciso, além de boa vontade, muita criatividade. Nas empresas chamamos de inovação. Se ficarmos fazendo o mesmo que os outros, dificilmente venceremos na competição natural que existe e se explica pela teoria da evolução. Guanaes faz duas perguntas que se aplicam às empresas: Isso vai dar dinheiro? Isso vai dar orgulho? No âmbito social eu perguntaria: Isso vai dar qualidade de vida? Isso vai dar orgulho da minha cidade?

Marcos Kayser

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