Haverá relação entre qualidade e quantidade. No senso comum parece prevalecer a qualidade sobre a quantidade e muitas vezes ainda achamos que qualidade independe da quantidade. Mas vejamos que pode haver certa relatividade. Um jogador de futebol, por exemplo, vai melhorar cobranças de falta e chute a gol, quanto mais treinar e chutar. Neste caso, temos a quantidade uma aliada da qualidade. Num outro exemplo temos um jogador de futebol cometendo inúmeras faltas. Quanto mais faltas fizer, menos qualidade terá a partida e maior será a chance de ser expulso e colocar o seu time em dificuldades. Neste caso a quantidade é inimiga da qualidade. Dizer que qualidade independe de quantidade é arriscado, pois depende do caso. Um professor que lê muitos livros, especialmente os clássicos, e cobra de seus alunos o mesmo, é bem provável que terá um excelente repertório de vocabulários e uma visão de si e do mundo muito mais ampliada. Um pai e uma mãe que dedicam mais tempo de convivência com seus filhos terão maiores possibilidades de dar afeto e acolher seus medos e angústias. Claro que meia hora de diálogo entre pais e filhos é mais produtivo do que três horas de reunião na frente da televisão, vendo a novela todos calados. Por isso , cuidado, nem sempre a quantidade deve ser desprezada, pois nem sempre ela é a malvada. Aristóteles já dizia que a excelência se conquista com o hábito, com a repetição. Repetir, repetir, repetir, isso é quantidade que pode trazer qualidade. Se a repetição não for errada, é claro.