Para impulsionar os parques tecnológicos e incubadoras, o Rio Grande do Sul vai liberar até o final do ano R$ 12 milhões, por meio de edital. E tudo a fundo perdido, pois o ganho do Estado é muito maior em geração de empregos e renda. Só os três maiores parques tecnológicos do Estado, Tecnopuc, Tecnosinos e Valetec juntos geram 13 mil empregos diretos, distribuídos em 150 empresas, em sua grande maioria não poluidoras. Em renda é gerado R$ 55 milhões por mês, considerando um salário médio de R$ 4.250,00 pago para profissionais com especialização. Os 3 parques produzem em média 95 patentes por ano, demonstrando um elevado grau de inovação. Para Guilherme Plonski, presidente da Amprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), mais importante do que um parque tecnológico em si é a construção de uma plataforma de desenvolvimento, que valorize o conhecimento das pessoas da região e retenha os talentos. “Além do emprego, é preciso que os cérebros da região se sintam desafiados onde estão, para não irem embora”, cita Plonski em entrevista ao jornal Zero Hora. É tudo que queremos para o Paranhana, mas hoje, o que acontece é o contrário. Temos uma imigração de talentos como ocorre com o Cimol que muitos do que lá se formam vão para empresas fora da região do Paranhana por faltar opções aqui. É bom esclarecer que uma incubadora necessariamente não precisa ofertar grandes espaços físicos e as incubadoras virtuais já são realidades. O ponto chave de uma incubadora não são seus prédios, mas sim o talento dos incubados e a capacidade técnica da instituição de ensino que os apóia, como acontece com a PUC, Unisinos e Feevale. Como se vê, incubadora é um grande negócio em triplo sentido: econômico, social e ecológico. |