Lutar por poder ou por uma causa?

Dois acontecimentos marcantes ocorridos na semana passada, a tumultuada sessão do legislativo taquarense e a greve dos professores me parece que possuem uma questão comum que pode ajudar a refletir sobre os dois episódios. Em ambos, seus protagonistas  estão mobilizados por uma causa social ou por interesses privados? No caso da sessão da Câmara a luta era pela posse da presidência,  uma instância de poder. Não era por um projeto que poderia vir a beneficiar a comunidade nem tão pouco para decidir sobre um tema de interesse dos eleitores como por exemplo reduzir salários dos legisladores  ou acabar com as diárias. Temas como estes são ignorados e, talvez, jamais serão motivos de lutas internas. No caso da greve dos professores, desde criança, e lá se vai mais  de 35 anos, me lembro minha saudosa mãe envolta com a greve, já na dúvida se era legítima e até onde prejudicaria os seus alunos. Greves persistiram da mesma forma e se ainda são realizadas é porque jamais atingiram seus objetivos. Então acho que o CEPERS  deveria procurar inovar e ser mais justo e efetivo. Esta greve vo ao final do ano letivo chega ser uma ofensa grave à sociedade gaúcha, basta perguntar aos pais e aos próprios alunos. Ao mesmo tempo continua a omissão do CEPERS ao não apresentar qualquer modelo novo para a educação. De novo, e tal qual aos legisladores estamos vendo a luta em causa própria quando deveria, pela função que desempenham, ser pela sociedade. Se a constância dos embates movidos pelo interesse das comunidades fosse equivalente aos em causa própria nosso país seria Outro. A noção da alteridade ainda está muito distante de balizar a conduta dos políticos brasileiros.

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