Meus 4 princípios

Na época de Aristóteles diriam que estou fazendo cosmologia. Nos dias de hoje seria ciência moderna, mas como não sou cientista, podemos dizer que se trata de uma “achologia filosófica” (kkkk). Ou seja, aproveito o pensamento de alguns filósofos do mundo da filosofia, adiciono as minhas experiências de vida, e tenho uma sensação (pra não dizer convicção) que me faz pensar em 4 princípios que regem o mundo e as relações entre os seres. O mundo da filosofia que me refiro não é o mundo das ideias de Platão, mas o mundo dos humanos que acreditam existir uma razão que explica as coisas, acompanhada de uma irracionalidade, que tem a ver com um dos princípios (tudo tem a sua oposição). Por mais viagem que possa parecer, estes princípios podem ser pensados como pré-determinações do que somos e do mundo, no qual vivemos. De uma certa forma, servem para compreendermos melhor os episódios que vivenciamos no dia a dia da existência e, quem sabe, aceitá-los. Para mim não é tarefa das mais fáceis, na medida em que tenho as minhas dificuldades em aceitar alguns destinos. Eis os 4 princípios:
1º) Princípio da Incerteza: Tudo muda. Nada é para sempre. Tudo tem um fim, mas também um começo. Nada é perene, tudo é efêmero. Nada está garantido. Ontem fui criança, hoje adolescente, amanhã um velhinho que poderá voltar a ser criança.
2º) Princípio da Diferença: Tudo tem o seu oposto. Toda moeda tem dois lados, o que leva à multiplicidade. O frio existe, porque há o quente. O mesmo para o inverno e o verão, o bom e o ruim, o doce e o salgado, o prazer e a dor, a vida e a morte.
3º) Princípio da Coerência: Tudo está interligado. Uma coisa depende da outra. Todo efeito tem uma causa ou mais causas. Uma alteração na política de um país, pode afetar a sua economia, que, por sua vez, pode afetar a economia mundial.
4º) Princípio da Relatividade: Tudo é relativo a um contexto, inclusive estes princípios. O que não significa dizer que tudo é válido e verdadeiro. É válido e verdadeiro, dentro de um contexto delimitado. Por exemplo, a cultura oriental tem “verdades” que não se aplicam à cultura ocidental.
Talvez os mais inteligentes, ou os mais sensíveis, são capazes de resumir estes 4 princípios em um só. Lee Smolin e outros cientistas tentam a teoria de tudo. Com toda a minha humildade e limitação, apenas tento elencar princípios que possam me ajudar compreender melhor o mundo, para viver o mais naturalmente e humanamente possível, já que o mundo, ao meu ver, passa por um processo negativo de desnaturalização e desumanização. Marcos Kayser

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.