O Brasil é reconhecido como um dos países com maior taxa de impostos, mas apesar da alta carga tributária de 35,13% em relação ao PIB e a arrecadação de impostos ultrapassando a marca de R$1,5 trilhão em 2011, o país continua aplicando mal os recursos e prestando serviços públicos à população de péssima qualidade. É o que revela o “Estudo sobre Carga Tributária/PIB X IDH” concluído pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, no último dia 16 de janeiro. Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil aparece na última posição no Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES) entre os 30 países que registram maior carga tributária em todo o mundo.
O IRBES é o resultado da somatória da carga tributária segundo a tabela da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de 2010 e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com a previsão do índice final para o ano de 2011. Quanto maior o valor do IRBES, melhor é o retorno da arrecadação dos tributos para a população.
A Austrália lidera o ranking, sendo o país que melhor retorna os recursos arrecadados para o bem estar da população, seguida pelos EUA, que caiu para a segunda posição em relação ao ano passado, e a Coreia do Sul. Já o Japão e Irlanda, que ocuparam, respectivamente, as 2 e 3ª posições na pesquisa anterior, caíram para 4º e 5º lugar no ranking de 2012. O Brasil fica atrás, inclusive, de países da América do Sul, como Uruguai, que está na 13ª posição e Argentina, na 16ª colocação. O que fazer para melhorar este quadro? Planejar melhor os investimentos, de curto, médio e longo prazo. Definir prioridades. Reduzir a corrupção. Ter políticos mais competentes e éticos.