Pensar o futuro tem certa semelhança com pensar a morte. O futuro é o fim, mas ele também pode ser o (re)começo. Numa pandemia pode representar o início da vacinação contra o vírus e o início do fim de uma tragédia. Representar o lançamento de um produto; a criação de uma empresa; a escolha de uma profissão ou a troca dela; o despertar de um enamoramento; a cura de uma doença; a concretização de muitos projetos: viajar, construir a casa ou reformá-la, casar, ter ou adotar filhos, ir morar sozinho, aprender a tocar um instrumento, falar outra língua, adquirir um bem, … O futuro é o lugar onde a maioria dos sonhos se realizam, no tempo que sucede ao presente. Maioria porque os grandes sonhos (e nós humanos costumamos sonhar grande) não se concretizam no presente. O futuro é onde repousa a esperança e o medo. Sem futuro não há o que temer, nem esperar. Por mais paradoxal que pareça, num viés filosófico, o futuro não existe e o passado também não. Quando o passado foi vivido ele era presente, hoje é uma recordação. Quando o futuro chegar, será presente e não mais futuro, hoje é uma projeção. “A natureza, onde o tempo é o agora, não consegue diferenciar de maneira duradoura essas dimensões do passado e do futuro: elas só são necessárias para a representação subjetiva, a lembrança, o medo ou a esperança”, cita Hegel. Ou seja, só existe o presente, um instante que não cessa. Nem um dia, nem uma hora, nem um minuto, nem um segundo, não há medida cronológica que dê conta do eterno momento. O futuro está para o presente, assim como a morte está para a vida. Não há vida sem morte. Não há presente sem futuro. Pensar a morte ajuda a pensar a vida. Pensar o futuro ajuda a pensar o presente. Estamos vivendo a vida completa e profundamente? No podcast “Que futuro é esse?” a galera do Caoscast fala sobre quem da geração millenium e Z pensa no futurinho, curto prazo, e quem pensa no futurão, longo prazo. Complicado pensar neste último. A tecnologia está provocando mudanças radicais na forma de viver, num ritmo frenético. Praticamente não conseguimos imaginar o que irá acontecer daqui dois anos. Engenharia genética, robotização, inteligência artificial, internet das coisas, … Então, como saber o que nos aguarda a dez, vinte, trinta anos? Pode ser inimaginável, mas não nos impede de pensá-lo, afinal, somos de uma razão, de um logos (para lembrar os gregos). Não se trata de prever, conforme os astros, o que irá acontecer, mas tentar se colocar no futuro, a partir do que eu estou fazendo hoje para mim, para a sociedade e para o planeta. É um ato de coragem e responsabilidade, que nos falta, mas é urgente incorporar, independentemente da geração da qual pertenço. Na prática, o senso comum indica que o futuro já começou e se constitui de acordo com nossas atitudes e decisões. Este futuro, do qual estou falando, a Deus não pertence (é só um trocadilho). Está em contínua construção (ou destruição), apesar de estarmos mal acostumados em comprar o que está pronto. Se a pandemia é um grande problema, a pós-pandemia também será. Ao mesmo tempo, estamos aprendendo muitas coisas. A interdependência é inexorável. A graça e a desgraça não têm gênero, nem raça. Não teremos um novo normal. Normalidade talvez vire uma palavra aposentada. Teremos uma nova realidade, que irá escancarar ainda mais a desigualdade e a precariedade, especialmente em países como o Brasil, onde os governantes são deploráveis e injustos para com a população, principalmente os populistas. O que mais precisa eles menos fazem: uma boa gestão com visão de longo prazo. Para eles há um só longo prazo: a reeleição. Precisamos agir para cooperar mais e competir menos. Nem que seja para preservar o nosso egoísmo originário. Menos egoísmo, mais generosidade. Quem sabe percebo que a felicidade que eu tanto quero para mim e para os meus depende muito da felicidade do outro? Ninguém é feliz sozinho muitos já disseram. O presente de amanhã dá medo, até aos mais experientes. Medo que novos vírus surjam. Medo de que não haverá trabalho, inclusive para os formados. Medo que não haverá aposentadoria. Medo que não haverá para muita gente um outro dia. Porém, ainda há tempo. Carpe diem não é só aproveitar o dia no sentido de curtir os tantos prazeres que a vida moderna oferece, mas também aproveitar o dia para pensar reflexivamente, buscando as causas, os porquês, e as consequências do que eu faço e deixo de fazer. Questionar, criticar-se e criar o futuro que eu penso ser bom para mim e para os outros, em especial para os sem futuro, que estão fora do jogo. Futuro que só ganha existência se pensado e planejado atualmente, no presente. Talvez eu não sei onde posso chegar daqui a algum tempo, mas eu posso saber onde eu quero chegar. Quem sou eu diante do que o outro precisa que eu seja? O vir a ser não para. O presente é um presente que a gente tem sempre, já o futuro…
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A propósito, qual é o propósito?
Tem sido comum certos conceitos saírem da escuridão e ganharem as luzes da celebridade. São reverenciados como se fossem inéditos. Alguns são, outros não. A autoria é poderosa. Ser um pouco criador e não somente criatura nos aproxima dos deuses. A criação imortaliza o homem. “Criar é matar a morte”, diz Roland Romain. O ego agradece. Um dos conceitos da vez chama-se propósito, que vem substituindo o que antes chamávamos de missão. Outro é experiência. O pessoal da administração adora o primeiro, o do marketing o segundo. Ambos são muito aplicados no meio empresarial, no mundo dos negócios, mas vão além, se estendendo à vida privada. Não vamos mais ao parque pela diversão, mas pela experiência. Quem não vive a experiência, quem não experimenta, está desperdiçando as oportunidades que a vida lhe oferece para ser uma pessoa feliz. Tanto o propósito como a experiência visam a felicidade. O velho carpe diem (aproveite o dia) também está em alta. Palestrantes, profissionais do coaching, mentores, … dão as dicas para a conquista do sumo bem (felicidade), obsessão de quase todos. Não vejo mal nisso. O problema é quando se torna motivo de culpa e até depressão, para aqueles que não tem propósito ou estão muito distante de alcançá-lo. Na sociedade da eficiência, a felicidade é uma espécie de termômetro da competência. Está feliz? É competente. Não está feliz? É incompetente. Uso o verbo estar por entender que ninguém é feliz totalmente e para sempre. A felicidade, entendida também como sucesso, é transitória, está mais para um momento de alegria, do que um estado de plenitude eterna e absoluta. Por isso, se está feliz e não se é feliz. Prefiro alegria. Alegria que se reveza com a tristeza, numa espécie de dança. “Tristeza não tem fim, felicidade sim”, cantam Vinícius e Jobim. E o propósito? Bem, ele é o lugar onde se pretende chegar, portanto, é o lugar da alegria (da felicidade para os que acreditam nela). E chegar implica na construção de uma travessia, de um caminho, que não é obra de um único artista, nem de um empresário visionário. Chegamos ao mundo pelas mãos de outro. Seja na empresa ou na vida pessoal, este caminho não é percorrido sozinho. Por mais que sejamos competentes e livres, requer companhia (o mesmo que colaboração, parceria). O êxito da construção depende de uma soma de habilidades e do comprometimento dos outros. No caso da empresa, colegas, fornecedores, clientes. Caso contrário, não se chega ao lugar desejado. Há quem tem a ideia, quem faz a ideia se tornar uma realidade e quem compra, que, ao comprar, valida a ideia e reconhece a criação. Claro, o lucro é um item indispensável para a sobrevivência de um negócio. Assim como o salário é para o funcionário. Agora, quando somos temos consciência da nossa importância para a realização de um propósito, não tem dinheiro que pague. Num país desigual como o Brasil, quanto mais inclusivo for o propósito, mais alegria produz. Por isso, é fundamental que empresas brasileiras, independentemente do tamanho, tenham claro qual é o seu verdadeiro propósito e até onde ele abarca o outro. Na hora de defini-lo recomenda-se deixar o dinheiro de lado. Um exercício é se imaginar com a vida ganha financeiramente e, nesta realidade virtual, se perguntar: qual é o propósito? É um exercício de humanidade num mundo artificializado. Na Scopi o nosso propósito é: “Ajudar as empresas a pensarem e agirem estrategicamente”. Um pouco pretensioso mas nós acreditamos. Tem a dimensão de uma causa. Ajuda clientes a resolverem problemas, a serem melhores, a satisfazerem seus propósitos. Não é só uma teoria, nem uma jogada de marketing. É uma prática diária que faz a rotina cansativa do trabalho ser recompensada. Algo que naquele dia, que deu tudo errado (o cliente cancelou o contrato, um dos melhores funcionários pediu demissão, o fornecedor não cumpriu o prazo, …), nos conforta pensar: apesar dos pesares, eu tenho um propósito.
Meus 17 mandamentos
- Aprender: Conhecer a mim mesmo e ao outro e aprender com erros e acertos.
- Amar: Amar a mim mesmo e ao outro. Amar a vida. Amar o trabalho. Amar a família. Amar os amigos. Amar o amor.
- Respeitar: Cuidar de si e do outro. Respeitar os limites da natureza e dos homens. Ser prudente. Não ir além, nem ficar aquém.
- Sonhar: Pensar grande, em coisas boas, que dêem sentido, que tornem o mundo melhor, mesmo que demore e seja difícil de concretizar.
- Compartilhar: Partilhar os desejos e os medos, com o outro. Comunicar-se bem. Empatizar. Conquistar colegas e amigos para caminhar bem acompanhado.
- Escolher: Fazer as escolhas sabendo que nem tudo que queremos podemos. Saber que em toda escolha ganhamos e perdemos.
- Acreditar: Confiar em si e nos que merecem nossa confiança. Confiar, desconfiando. Confiar nos sonhos e no trabalho para realizá-los. Confiar no tempo e na sorte.
- Planejar: Analisar cenários, pensar e definir onde quer ir, quando, como e com quem. Planejar para ter mais chances da sorte ajudar.
- Produzir: Colocar em prática o que foi sonhado e planejado. Quem sabe fazer do trabalho uma obra de arte.
- Aceitar: Tolerar os planos fracassados, os acontecimentos indesejados, que fogem do nosso controle. Pensar que poderia ser pior. A incerteza reina. Tudo flui, tudo passa.
- Recomeçar: A psicanálise chama de sublimar. Ser flexível para fazer do fim uma ponte para uma nova produção. Se perco hoje, posso ganhar amanhã.
- Criar: Inovar, inventar. Fazer o novo de novo e assim sucessivamente, colocando na criação um pouco da sua própria razão e emoção.
- Persistir: Não desistir daquilo que tem convicção e que resta uma chance de realização.
- Colaborar: Ser generoso. Incluir o outro. Ser solidário. Não se acomodar. Apoiar e ajudar naquilo que pode tornar a vida melhor.
- Gozar: Fazer o que dá prazer, que traz a alegria de viver. Rir de si, do que amamos e do que odiamos. Encontrar graça, inclusive na desgraça.
- Reconhecer: Dar valor ao que fazemos e ao que fazem para o bem. Ter a humildade necessária para admitir os nossos próprios erros.
- Agradecer: Ser grato pela oportunidade única de viver, pela eternidade em que me constituí, na medida em que a verdade da minha existência jamais será desfeita.
4 Grandes motivos para fazer um Planejamento Estratégico
O sucesso de um negócio depende de muitos fatores. Gestor com um ótimo perfil de liderança, equipe competente e engajada e um bom planejamento estratégico são fatores imprescindíveis para que uma empresa alcance os seus objetivos. Quando estamos falando de planejamento estratégico, estamos nos referindo ao trabalho de pensar e analisar cenários internos e externos, definir objetivos e metas, para então, planejar as ações que levarão à conquista dos objetivos desejados, o que também significa dizer: sonhos realizados.
Com um planejamento bem elaborado a empresa ganha previsibilidade, qualidade e produtividade. Do contrário, o que se vê é retrabalho, desperdício e insucesso. O planejamento estratégico é tão importante para uma empresa que deveria ser construído antes mesmo do negócio ser criado, ou seja, quando o negócio está ainda no campo das ideias. Apesar do Planejamento Estratégico ser um processo já consagrado ao longo do tempo, há muitas empresas que ainda desconhecem a sua utilidade. A seguir selecionamos quatro motivos (porquês) que demonstram o poder que um planejamento estratégico tem. Claro, desde que for feito com qualidade e sua execução acompanhada “religiosamente”.
1. O Planejamento Estratégico ajuda a conhecer quais são as forças que devem ser exploradas e as fraquezas que devem ser eliminadas ou mitigadas.
Muitos se aventuram a ser o que não são. Ou seja, querem produzir ou prestar um serviço para o qual não estão preparados e não possuem as condições necessárias. Assim, não conseguem fazer boas entregas e vivem numa instabilidade constante, trocando de identidade a todo o instante. A máxima socrática do “conhece-te a ti mesmo” se aplica também à gestão de uma empresa. Antes de mais nada é preciso olhar para dentro de si e identificar quais são as virtudes e os defeitos, para então definir uma missão compatível com aquilo que se é. Antes de agir, desenvolver produtos, realizar investimentos, assumir riscos, é fundamental conhecer sua potencialidades (forças) e suas deficiências (fraqueza). Uma empresa com missão, visão e valores alinhados ao seu perfil tem muito mais chances de construir uma história de sucesso e duradoura.
2. O Planejamento Estratégico ajuda a identificar as oportunidades a serem aproveitadas e as ameaças a serem evitadas.
Fazendo uma boa análise do cenário externo, podemos identificar oportunidades de curto, médio e longo prazo para as quais devemos criar e desenvolver projetos e ações. O mesmo se aplica às ameaças que devem ser levantadas. Depois que a organização identifica suas forças e fraquezas e aponta as oportunidades e as ameaças existentes, é o momento de definir a filosofia da organização (missão, visão de futuro e valores), que servirá de base para o atingimento dos objetivos do negócio. Como se diz na linguagem popular, definir a filosofia e os objetivos da empresa sem uma análise minuciosa do ambiente externo é “dar um tiro no escuro”. O mercado pode estar saturado de concorrentes com diferenciais competitivos que inviabilizam o nosso negócio.
3. O Planejamento Estratégico ajuda a definir os objetivos e as metas e mostrar se estamos chegando lá.
Fica muito difícil, para não dizer impossível, chegar a algum lugar sem saber qual é este lugar. Quanto mais claro for o objetivo, menos complexo será alcançá-lo. Onde você quer que sua empresa esteja daqui um ano? E daqui a cinco anos? É quando entram as metas. Distinta dos objetivos que são mais abrangentes (exemplo: aumentar o faturamento), a meta é algo quantitativo, mais específico (exemplo: atingir o faturamento x). Podemos dizer que a meta é a quantificação do objetivo. Seguindo a técnica SMART, as metas devem ser mensuráveis, com um prazo pré-estabelecido para serem alcançadas e possuir sintonia com os objetivos da empresa. Na medida em que a meta é mensurável, é possível acompanhar a sua evolução. Caso a evolução desejada não esteja sendo alcançada, podemos, em tempo, intervir, planejando e executando ações ou planos de ações que ajudarão a retomar o caminho da conquista.
4. O Planejamento Estratégico ajuda a definir qual é o melhor caminho a ser seguido para que as metas sejam atingidas e os objetivos alcançados
Muitos caminhos podem levar ao mesmo lugar. Porém, o tempo e o desgaste podem variar de um para outro. Dependendo da escolha, as metas e os objetivos podem ficar comprometidos. Um percurso bem planejado, possibilita que a realização se dê já no processo da caminhada, com menos dor e sofrimento. O tempo que se levará para planejar certamente será ainda inferior ao tempo desperdiçado, quando se recorre ao método da tentativa e erro. O planejamento estratégico ajuda a pensar nos riscos que cada caminho oferece e planejar as ações, cada uma com o seu prazo de execução e o seu responsável. Muitos investem recursos e tempo e não chegam onde gostariam. Os que planejam, principalmente em grupo, conseguem mais êxito em suas conquistas. Não é à toa que se diz que “ninguém é feliz sozinho”. É importante ouvir a opinião dos funcionários, pois eles estão todos os dias na empresa e sabem os pontos fortes e fracos, o que funciona e o que não funciona, talvez até melhor que os próprios gestores. Uma vitória compartilhada é muito mais prazerosa, assim como uma derrota compartilhada é menos dolorosa.
Iguais e desiguais
Os seres humanos, na condição de indivíduos, possuem aspectos de sua personalidade que os tornam desiguais. Dá para dizer que somos desiguais por natureza. Nascemos desiguais, mas, a natureza, com sua inteligência e beleza, se incumbe de compensar. Todos temos qualidades, habilidades, competências. Tenho uma qualidade que o outro não tem e, ao mesmo tempo, não tenho uma qualidade que o outro tem. Isso, se não iguala, nos aproxima. Se por um lado somos desiguais de fato, por outro devemos ser iguais de direito. Promover esta igualdade de direito compete a sociedade que, dentre suas obrigações, está a de preservar o maior dos direitos, o direito de viver com dignidade, pressupondo oportunidades. Na prática não é assim. Vivemos uma sociedade de desiguais em matéria de direito. Se olharmos para o Brasil, a desigualdade é escancarada e excludente. As próprias leis, que deveriam ter na base a igualdade, desigualam e distanciam um dos outros. Vejam o que é o auxílio moradia previsto em lei. Uma pessoa que recebe um salário superior a 30 mil reais precisa receber ajuda de aluguel? Ainda somos o país da senzala, dos senhores e dos escravos. Como mostram as estatísticas, o Brasil tem uma das maiores desigualdades do mundo e isso vem desde a nossa colonização. Particularmente, penso que a maior fonte de desigualdades reside na educação. Educação que, vai além de replicar conteúdo, ensine a pensar, criar e respeitar o outro. Há crianças que nascem com a perspectiva de cursar uma Universidade e temos aquelas que nascem sem perspectiva de terminar o ensino fundamental. A existência do ensino público e privado já é um sinal de desigualdade. Resultado, num mundo capitalista, onde só temos lugar ao sol com dinheiro, aquele que estuda menos terá muito menos oportunidades de acessar aos bens de consumo que inundam nossas redes sociais. Uma das consequências imediatas desta desigualdade é a violência. O que pensa aquele que não tem dinheiro pra comprar uma bicicleta daquele que circula pela cidade com uma BMW (por favor, não me levem a mal quem tem BMW, kkkk)? O que pensa aquele que, na melhor das hipóteses, se um dia conseguir se aposentar, irá receber um salário mínimo, daquele servidor público que se aposenta aos 50 anos com uma aposentadoria na faixa dos 20 mil reais? A coexistência de leis que garantem privilégios a uma minoria e a falta de boas políticas públicas vão continuar deixando o Brasil cada vez mais desigual e violento.
3 soluções para a falta de engajamento
“- Está difícil engajar a minha equipe!” Esta é uma afirmação, com ares de queixa, bastante comum entre os gestores, independentemente do porte e do segmento da empresa. A falta de engajamento é um problema sério e se percebe quando os membros da equipe não cumprem com os processos previamente estabelecidos e não se preocupam em aperfeiçoá-los. Sem processo atualizado, não se tem melhoria contínua e a qualidade necessária para ganhar o mercado. A falta de engajamento também se manifesta no relaxamento que ocorre com relação às metas. Muitos nem se quer sabem ou se lembram das metas da empresa e das suas metas individuais. Enquanto alguns gestores acabam se conformando com a situação e ficam a mercê da sorte, outros não desistem e buscam adotar medidas concretas para reverter o problema. Destaco 3 procedimentos, que bem aplicados viram soluções, para conquistar o tão sonhado engajamento:
- Treinamento e conscientização da equipe (conhecimento) : O conhecimento sobre as metas , projetos e processos da organização é ponto de partida para que o engajamento aconteça. A equipe precisa saber o quê, o como e também o porquê. Junto deste conhecimento, que se conquista com treinamento, vem a conscientização do papel que cada um tem e a sinergia que precisa existir entre pessoas e setores já que numa empresa e na vida como um todo um depende do outro.
- Acompanhamento de parte do gestor (monitoramento): Só definir as metas e ensinar os processos e os meios de alcançá-las, não basta. É preciso estar junto, líder e liderados. Estar junto significa estar disponível para ouvir e esclarecer dúvidas e, principalmente, criar uma rotina de reuniões de avaliação e implementações de melhorias, cujas decisões e encaminhamentos acontecem através do consenso, na medida em que todos sabem onde a empresa deseja chegar.
- Reconhecimento com participação nos resultados (motivação): Para que as pessoas estejam engajadas precisam se sentir parte importante do todo e, desta forma, motivadas. Quem não gosta de se sentir importante? Porém, para além da importância, a recompensa financeira precisa acontecer. Não basta somente elogios. Para isso, uma ótima iniciativa é implementar um programa de participação nos lucros e resultados.
Estes 3 procedimentos só terão efeito se a empresa preencher alguns requisito, dentre os quais pessoas com o perfil adequado às atividades e um planejamento estratégico claro que traduza a sua identidade (filosofia).
Ao fim ao cabo, a falta de engajamento não é um problema da equipe, mas sim do gestor. Cabe a ele ser um bom líder e persistir na busca sem fim pelo engajamento de todos.
Dia dos pais
Dia dos pais é dia de dar aquele abraço no “velho”, apesar desse abraço ser justificável todos os dias do ano. Dia de pronunciar aquele sincero e espontâneo: pai, eu te amo! Aqueles que o pai já se foi (e quem se ama sempre vai antecipado) podem comemorar as tantas boas lembranças e, quem sabe, o consolo de terem tido um pai. Aqueles que não tiveram, como é o meu caso, saberão abraçar aquele amigo mais chegado que é pai. E os pais sem pai, quando tiverem filhos, como é o meu caso, poderão agradecê-los por darem a oportunidade de ser pai, sem nunca ter tido. Obrigado filhos por me aturarem e darem a honra de me chamarem de pai! Uma simples palavra é suficiente para suturar um corte, restaurar uma obra, encher um copo vazio. Prazer duplo pela paternidade em si e pela superação. Muitas vezes sem referência se perde a direção. No meu caso, devo ainda um super agradecimento a minha mãe: seja aonde estiver, obrigado mãe por ser tão moderna já 50 anos atrás, quando pelo teu exemplo, ao longo da nossa convivência, me ensinou a ser mãe e pai! Quanta alegria, apesar da dor que a falta traz!!!
Tem jeito
Com um certo grau de otimismo é possível pensar um Brasil melhor, um país menos corrupto, onde se respeite a Constituição, com bons níveis de qualidade em áreas essenciais como saúde, educação e segurança, a exemplo de países tidos como de primeiro mundo. Talvez um país jamais visto, mas ainda somos adolescentes. Num país presidencialista, como é o nosso, o ponto de partida é achar um presidente que de conta das reformas que temos pela frente. Podemos pensar que sozinho ninguém faz nada, mas tudo começa por aquele que manda. O chefe maior da “república”. Um líder de ilibada história, com competência e coragem. Sobre os líderes políticos que temos hoje, o descrédito impera, por isso, o sentimento de que este país não tem jeito. Particularmente, a bem pouco tempo, eu também não acreditava, mas, pensando melhor (bebendo da fonte otimista), encontrei não só uma, mas cinco opções que podem liderar o país que queremos. A primeira opção é importar o presidente Obama, que deixou a presidência dos EUA recentemente, depois de dois mandatos com uma reputação sem arranhões sobre o viés ético. A segunda é contratar o Guardiola, um técnico de futebol inovador e, ao mesmo tempo, disciplinador, que já demonstrou sua competência em conquistar grandes vitórias. A terceira, também na linha do futebol (afinal éramos o país do futebol), seria eleger o Tite como presidente, já que tem apoio de todos e, como bom estudioso, pode compensar a falta de cintura política. A quarta opção é colocarmos na presidência o Joaquim Barbosa ou o Sérgio Moro, com ambos (acho que) teríamos a chance de fazer a faxina necessária e extirpar aquela máxima de “levar vantagem em tudo”. Como estas quatro opções são totalmente improváveis, apresento a quinta. A quinta é aguardar um milagre, afinal, Deus é brasileiro e, mais cedo ou mais tarde, vai dar um jeito. Até lá, fico me perguntando: o que estou fazendo para ajudar o meu país a ser um lugar melhor para os meus filhos? Cada um pode encontrar um jeito. Marcos Kayser
Não tem jeito
Talvez seja porque já cruzei a barreira dos 50 e sabem da minha visão crítica, mas é incrível como me perguntam sobre o que vai ser de nós brasileiros com esta nossa política. Minha resposta, curta e grossa, é de que este nosso país não tem jeito. Não há nenhuma perspectiva de mudança, enquanto continuar sendo comandado por quem faz da política uma profissão, meio de sobrevivência e enriquecimento. Foram espertos ao criar um sistema muito bem arquitetado, fechado e imune a qualquer interferência da sociedade. A alta tributação que sacrifica a todos, enche os cofres do governo e financia a corrupção; a centralização dos poderes num só lugar que torna todo poderoso quem está em Brasília; o sucateamento de setores essenciais como saúde, segurança e educação; o assistencialismo como mecanismo de dependência, o pluripartidarismo como balcão de negócios, são alguns dos fundamentos do sistema. Se reduzissem os impostos, enxugassem a máquina pública, reformassem a previdência, desburocratizassem e minimizassem o Estado, privilegiassem a educação, dessem mais poder aos estados, reduzissem os partidos a uma meia dúzia, um raio de luz surgiria no final do túnel escuro em que o Brasil e nós brasileiros nos encontramos. Quando uma destas mudanças ocorrer, me avisem, por favor, pois estarei com muito prazer revendo a minha falta de expectativas. Fazer tudo isso e mais um pouco seria muito fácil, bastaria vontade política e humildade para reconhecer que chegamos ao fundo do poço (só para usar outra metáfora). Boa parte das soluções para os problemas vigentes não carecem ser inventadas, basta copiarmos modelos vencedores de países chamados de primeiro mundo, dentre os quais a Alemanha e a Suécia. E aí vem a pergunta que eu não me canso de fazer e muito me preocupa: o que será da nossa gurizada? Começo a dar o braço a torcer aos que falam que a saída é o aeroporto. Ao mesmo tempo sou um apaixonado pelo Brasil e gostaria de resistir bravamente.
30 Ações para Salvar o Brasil
Fiz a minha lista de pedidos ao novo governo. Alguns são polêmicos, mas não precisa fazer tudo! Um pouco já vai deixar o país mais justo e eficiente:
- Fim das emendas parlamentares e das verbas de gabinete
- Fim do foro privilegiado
- Fim dos ganhos complementares (privilégios como auxílio moradia) para todos os poderes
- Redução do número de partidos políticos para dois (situação e oposição)
- Obrigatoriedade de curso superior para presidente, senadores, deputados, governadores, prefeitos e vereadores
- Direito a uma única possibilidade de reeleição em todos os níveis
- Todas as eleições no mesmo ano
- Criação de um limite para cargos de confiança e número de ministérios e secretarias estaduais e municipais
- Fim da indicação política para o STJ
- Redução do número de municípios (limite mínimo: 5000 habitantes)
- Limitação de um salário mínimo de remuneração para vereadores em cidades com menos de 50.000 habitantes
- Concentração do maior percentual da arrecadação nos estados e municípios
- Centralização de todos os serviços sociais nos estados e municípios
- Criação do imposto sobre o lixo e redução do número dos demais impostos
- Limitação da carga tributária à 24% do PIB
- Aumento de impostos para as grandes fortunas
- Fim das férias de 30 dias, substituídas por 15 dias
- Fim da CLT, substituída por acordos entre empregadores e trabalhadores
- Fim da estabilidade do emprego na esfera pública
- Idade mínima para aposentadoria: 70 anos
- Policia civil e militar unificadas
- Permissão do porte de armas
- Pena de morte para crimes hediondos
- Fim da regressão de pena
- Exigência de trabalho para o preso que garanta o seu sustento
- Priorização das disciplinas de matemática, português, filosofia e educação física no ensino fundamental
- Retorno do ensino profissionalizante junto ao ensino médio
- Implantação de um plano de remuneração variável para professores por meritocracia
- Informatização plena dos órgãos públicos, incluindo o Judiciário, onde as audiências iniciais poderiam ser feitas à distância
- Controle da natalidade para quem recebe o bolsa família e é menor de 18 anos