Arquivo da categoria: Sem categoria

Um lugar de primeiro mundo

Para viver é preciso sonhar e, para realizar os sonhos, planejar. Um sonho coletivo, como a Agenda Paranhana 2020, com seus 40 projetos detalhados no livro, é um ato de coragem, persistência e disponibilidade de voluntários. 

O caminho passa pela integração de todos os poderes e da sociedade civil e a aplicação das técnicas de gestão e das tecnologias disponíveis, abordadas no livro. E por que terminou? Está contado no livro, além das lições aprendidas.

Diante desta experiência fantástica, o propósito do livro é compartilhar aprendizados teóricos e práticos, reproduzindo um pouco da história de um projeto inovador e apoiar os que acreditam na força do planejamento, sejam gestores, sejam consultores. 

Segundo Marcos Kayser, autor do livro e coordenador da Agenda Paranhana 2020, muito do que foi criado e vivido neste projeto é atual e viável. É uma questão de pensar a longo prazo e agir sistemicamente. Uma questão de vontade. Planejamento não é o fim, mas o começo. O sonho de “ser um lugar de primeiro mundo” permanece vivo e o livro serve de guia.

A propósito, qual é o propósito?

Tem sido comum certos conceitos saírem da escuridão e ganharem as luzes da celebridade. São reverenciados como se fossem inéditos. Alguns são, outros não. A autoria é poderosa. Ser um pouco criador e não somente criatura nos aproxima dos deuses. A criação imortaliza o homem. “Criar é matar a morte”, diz Roland Romain. O ego agradece. Um dos conceitos da vez chama-se propósito, que vem substituindo o que antes chamávamos de missão. Outro é experiência. O pessoal da administração adora o primeiro, o do marketing o segundo. Ambos são muito aplicados no meio empresarial, no mundo dos negócios, mas vão além, se estendendo à vida privada. Não vamos mais ao parque pela diversão, mas pela experiência. Quem não vive a experiência, quem não experimenta, está desperdiçando as oportunidades que a vida lhe oferece para ser uma pessoa feliz. Tanto o propósito como a experiência visam a felicidade. O velho carpe diem (aproveite o dia) também está em alta. Palestrantes, profissionais do coaching, mentores, … dão as dicas para a conquista do sumo bem (felicidade), obsessão de quase todos. Não vejo mal nisso. O problema é quando se torna motivo de culpa e até depressão, para aqueles que não tem propósito ou estão muito distante de alcançá-lo. Na sociedade da eficiência, a felicidade é uma espécie de termômetro da competência. Está feliz? É competente. Não está feliz? É incompetente. Uso o verbo estar por entender que ninguém é feliz totalmente e para sempre. A felicidade, entendida também como sucesso, é transitória, está mais para um momento de alegria, do que um estado de plenitude eterna e absoluta. Por isso, se está feliz e não se é feliz. Prefiro alegria. Alegria que se reveza com a tristeza, numa espécie de dança. “Tristeza não tem fim, felicidade sim”, cantam Vinícius e Jobim. E o propósito? Bem, ele é o lugar onde se pretende chegar, portanto, é o lugar da alegria (da felicidade para os que acreditam nela). E chegar implica na construção de uma travessia, de um caminho, que não é obra de um único artista, nem de um empresário visionário. Chegamos ao mundo pelas mãos de outro. Seja na empresa ou na vida pessoal, este caminho não é percorrido sozinho. Por mais que sejamos competentes e livres, requer companhia (o mesmo que colaboração, parceria). O êxito da construção depende de uma soma de habilidades e do comprometimento dos outros. No caso da empresa, colegas, fornecedores, clientes. Caso contrário, não se chega ao lugar desejado. Há quem tem a ideia, quem faz a ideia se tornar uma realidade e quem compra, que, ao comprar, valida a ideia e reconhece a criação. Claro, o lucro é um item indispensável para a sobrevivência de um negócio. Assim como o salário é para o funcionário. Agora, quando somos temos consciência da nossa importância para a realização de um propósito, não tem dinheiro que pague. Num país desigual como o Brasil, quanto mais inclusivo for o propósito, mais alegria produz. Por isso, é fundamental que empresas brasileiras, independentemente do tamanho, tenham claro qual é o seu verdadeiro propósito e até onde ele abarca o outro. Na hora de defini-lo recomenda-se deixar o dinheiro de lado. Um exercício é se imaginar com a vida ganha financeiramente e, nesta realidade virtual, se perguntar: qual é o propósito? É um exercício de humanidade num mundo artificializado. Na Scopi o nosso propósito é: “Ajudar as empresas a pensarem e agirem estrategicamente”. Um pouco pretensioso mas nós acreditamos. Tem a dimensão de uma causa. Ajuda clientes a resolverem problemas, a serem melhores, a satisfazerem seus propósitos. Não é só uma teoria, nem uma jogada de marketing. É uma prática diária que faz a rotina cansativa do trabalho ser recompensada. Algo que naquele dia, que deu tudo errado (o cliente cancelou o contrato, um dos melhores funcionários pediu demissão, o fornecedor não cumpriu o prazo, …), nos conforta pensar: apesar dos pesares, eu tenho um propósito.

Meus 17 mandamentos

  1. Aprender: Conhecer a mim mesmo e ao outro e aprender com erros e acertos.
  2. Amar: Amar a mim mesmo e ao outro. Amar a vida. Amar o trabalho. Amar a família. Amar os amigos. Amar o amor.
  3. Respeitar: Cuidar de si e do outro. Respeitar os limites da natureza e dos homens. Ser prudente. Não ir além, nem ficar aquém.
  4. Sonhar:  Pensar grande, em coisas boas, que dêem sentido, que tornem o mundo melhor, mesmo que demore e seja difícil de concretizar.
  5. Compartilhar: Partilhar os desejos e os medos, com o outro. Comunicar-se bem. Empatizar. Conquistar colegas e amigos para caminhar bem acompanhado.
  6. Escolher: Fazer as escolhas sabendo que nem tudo que queremos podemos. Saber que em toda escolha ganhamos e perdemos.
  7. Acreditar: Confiar em si e nos que merecem nossa confiança. Confiar, desconfiando. Confiar nos sonhos e no trabalho para realizá-los.  Confiar no tempo e na sorte.
  8. Planejar: Analisar cenários, pensar e definir onde quer ir, quando, como e com quem. Planejar para ter mais chances da sorte ajudar.
  9. Produzir: Colocar em prática o que foi sonhado e planejado. Quem sabe fazer do trabalho uma obra de arte.
  10. Aceitar: Tolerar os planos fracassados, os acontecimentos indesejados, que fogem do nosso controle. Pensar que poderia ser pior. A incerteza reina. Tudo flui, tudo passa.
  11. Recomeçar: A psicanálise chama de sublimar. Ser flexível para fazer do fim uma ponte para uma nova produção. Se perco hoje, posso ganhar amanhã.
  12. Criar: Inovar, inventar. Fazer o novo de novo e assim sucessivamente, colocando na criação um pouco da sua própria razão e emoção.
  13. Persistir: Não desistir daquilo que tem convicção e que resta uma chance de realização.
  14. Colaborar: Ser generoso. Incluir o outro. Ser solidário. Não se acomodar. Apoiar e ajudar naquilo que pode tornar a vida melhor.
  15. Gozar:  Fazer o que dá prazer, que traz a alegria de viver. Rir de si, do que amamos e do que odiamos. Encontrar graça, inclusive na desgraça.
  16. Reconhecer: Dar valor ao que fazemos e ao que fazem para o bem. Ter a humildade necessária para admitir os nossos próprios erros.
  17. Agradecer: Ser grato pela oportunidade única de viver, pela eternidade em que me constituí, na medida em que a verdade da minha existência jamais será desfeita.

 

4 Grandes motivos para fazer um Planejamento Estratégico

O sucesso de um negócio depende de muitos fatores. Gestor com um ótimo perfil de liderança, equipe competente e engajada e um bom planejamento estratégico são fatores imprescindíveis para que uma empresa alcance os seus objetivos. Quando estamos falando de planejamento estratégico, estamos nos referindo ao trabalho de pensar e analisar cenários internos e externos, definir objetivos e metas, para então, planejar as ações que levarão à conquista dos objetivos desejados, o que também significa dizer: sonhos realizados.

Com um planejamento bem elaborado a empresa ganha previsibilidade, qualidade e produtividade. Do contrário, o que se vê é retrabalho, desperdício e insucesso. O planejamento estratégico é tão importante para uma empresa que deveria ser construído antes mesmo do negócio ser criado, ou seja, quando o negócio está ainda no campo das ideias. Apesar do Planejamento Estratégico ser um processo já consagrado ao longo do tempo, há muitas empresas que ainda desconhecem a sua utilidade. A seguir selecionamos quatro motivos (porquês) que demonstram o poder que um planejamento estratégico tem. Claro, desde que for feito com qualidade e sua execução acompanhada “religiosamente”.

 

1. O Planejamento Estratégico ajuda a conhecer quais são as forças que devem ser exploradas e as fraquezas que devem ser eliminadas ou mitigadas.

Muitos se aventuram a ser o que não são. Ou seja, querem produzir ou prestar um serviço para o qual não estão preparados e não possuem as condições necessárias. Assim, não conseguem fazer boas entregas e vivem numa instabilidade constante, trocando de identidade a todo o instante. A máxima socrática do conhece-te a ti mesmo se aplica também à gestão de uma empresa. Antes de mais nada é preciso olhar para dentro de si e identificar quais são as virtudes e os defeitos, para então definir uma missão compatível com aquilo que se é. Antes de agir, desenvolver produtos, realizar investimentos, assumir riscos, é fundamental conhecer sua potencialidades (forças) e suas deficiências (fraqueza). Uma empresa com missão, visão e valores alinhados ao seu perfil tem muito mais chances de construir uma história de sucesso e duradoura.

 

2. O Planejamento Estratégico ajuda a identificar as oportunidades a serem aproveitadas e as ameaças a serem evitadas.

Fazendo uma boa análise do cenário externo, podemos identificar oportunidades de curto, médio e longo prazo para as quais devemos criar e desenvolver projetos e ações. O mesmo se aplica às ameaças que devem ser levantadas. Depois que a organização identifica suas forças e fraquezas e aponta as oportunidades e as ameaças existentes, é o momento de definir a filosofia da organização (missão, visão de futuro e valores), que servirá de base para o atingimento dos objetivos do negócio. Como se diz na linguagem popular, definir a filosofia e os objetivos da empresa sem uma análise minuciosa do ambiente externo é “dar um tiro no escuro”. O mercado pode estar saturado de concorrentes com diferenciais competitivos que inviabilizam o nosso negócio.

 

3. O Planejamento Estratégico ajuda a definir os objetivos e as metas e mostrar se estamos chegando lá.

Fica muito difícil, para não dizer impossível, chegar a algum lugar sem saber qual é este lugar. Quanto mais claro for o objetivo, menos complexo será alcançá-lo. Onde você quer que sua empresa esteja daqui um ano? E daqui a cinco anos? É quando entram as metas. Distinta dos objetivos que são mais abrangentes (exemplo: aumentar o faturamento), a meta é algo quantitativo, mais específico (exemplo: atingir o faturamento x). Podemos dizer que a meta é a quantificação do objetivo. Seguindo a técnica SMART, as metas devem ser mensuráveis, com um prazo pré-estabelecido para serem alcançadas e possuir sintonia com os objetivos da empresa. Na medida em que a meta é mensurável, é possível acompanhar a sua evolução. Caso a evolução desejada não esteja sendo alcançada, podemos, em tempo, intervir, planejando e executando ações ou planos de ações que ajudarão a retomar o caminho da conquista.

 

4. O Planejamento Estratégico ajuda a definir qual é o melhor caminho a ser seguido para que as metas sejam atingidas e os objetivos alcançados

Muitos caminhos podem levar ao mesmo lugar. Porém, o tempo e o desgaste podem variar de um para outro. Dependendo da escolha, as metas e os objetivos podem ficar comprometidos. Um percurso bem planejado, possibilita que a realização se dê já no processo da caminhada, com menos dor e sofrimento. O tempo que se levará para planejar certamente será ainda inferior ao tempo desperdiçado, quando se recorre ao método da tentativa e erro. O planejamento estratégico ajuda a pensar nos riscos que cada caminho oferece e planejar as ações, cada uma com o seu prazo de execução e o seu responsável. Muitos investem recursos e tempo e não chegam onde gostariam. Os que planejam, principalmente em grupo, conseguem mais êxito em suas conquistas. Não é à toa que se diz que “ninguém é feliz sozinho”. É importante ouvir a opinião dos funcionários, pois eles estão todos os dias na empresa e sabem os pontos fortes e fracos, o que funciona e o que não funciona, talvez até melhor que os próprios gestores. Uma vitória compartilhada é muito mais prazerosa, assim como uma derrota compartilhada é menos dolorosa.

TCA 29 anos

Lá se vão 29 anos de TCA. Somos da época do PC XT, do Plano Collor, do fusca. Por falar em fusca, tínhamos uma frota, do branco ao abacate. Chegar aos 29 anos é motivo de grande alegria e reconhecimentos. Reconhecimento de que o tempo voa, mas não impede de realizar sonhos, mesmo num país ainda muito hostil ao empreendedorismo como é o nosso. É possível reunir pessoas em torno de um objetivo comum, para além do lucro, do qual toda empresa depende para sobreviver. Desde jovens buscamos mais do que vender tecnologia. Buscamos prestar um serviço de qualidade e estabelecer vínculos de comprometimento com nossos clientes e comunidade. Jamais deixamos a região onde atuamos ficar para trás em termos de inovação tecnológica e qualidade no atendimento. Ficamos muito felizes com o sentimento de que a TCA não é exclusividade de seus sócios e funcionários. Cada cliente tem uma participação importantíssima nesta história. É assim que sentimos o carinho que cada um têm por nossa marca. Resta agradecer, especialmente pela confiança, e continuar dando motivos para manter a nossa conexão com muita FIBRA. Um super Muito Obrigado clientes, funcionários, parceiros e nossos familiares!!!

Entre um sim e um não

Vim ao mundo sem ter escolhido.

Azar o meu? Não!

Presente que eu não contava.

Bendita mãe que me esperava.

Aprendi tendo que escolher.

Sorte a minha? Sim!

Entre um sim e um não, cresci.

Apesar das perdas que sofri.

Terminarei meus dias sem ter escolha.

Azar ou sorte a minha? Não sei!

Desconheço o que vem depois.

Tomara que me escolham de novo, um dia ou dois.

A tragédia do caminhão em algumas perspectivas

A tragédia ocorrida na semana passada na ERS 115, quando um caminhão esmagou carros e terminou com a vida de quatro pessoas, pode suscitar análises sob muitas perspectivas. Na perspectiva política podemos pensar que não há planejamento e investimento adequado do governo em infraestrutura. É imprudência interromper uma rodovia a ponto de fazer os veículos pararem em horário de tráfego intenso, formando enormes filas. As alternativas seriam interromper em outro horário ou duplicar a pista como é defendida pela Agenda Paranhana 2020 desde 2008.  Na rodovia duplicada não seria necessário chegar ao extremo de parar o trânsito para realizar uma manutenção em uma das pistas. Daria para liberar meia pista e se reduziria em muito o risco de acidentes. Para piorar ainda mais a segurança no trânsito, o governo federal incentiva o consumo de veículos, faz o número dobrar em poucos anos, ignorando a precariedade das estradas. E a tragédia teve como protagonista fatídico um caminhão. Se o governo investisse em outras formas alternativas de transporte, não teríamos tantos caminhões nas estradas. Na perspectiva da vida em si, os familiares das quatro pessoas mortas sentem a dor de uma perda que os pegou de supetão, sem nenhuma preparação. E haverá alguém preparado para perder uma criança, um bebê? Invejo os poucos que estão preparados para perder quem se ama. Resta a perspectiva da fé. Deus estará acolhendo os que se foram, confortando os que ficaram. Mas me pergunto, ou melhor, pergunto a Ele: porque inventou esta tremenda sacanagem que é a morte?

Minhas 10 virtudes prediletas

Segundo Aristóteles, a virtude é uma disposição adquirida de fazer o bem.  E o que vem a ser o bem? Bem é aquilo que traz alegria, que satisfaz nossos bons desejos. Sim, porque há também os maus desejos e satisfazer um mau desejo já não é mais virtude. Quem dá sem prazer, não é generoso. É preciso a alegria no ato de dar. A virtude também é ato e não só potência. Não é generoso quem pensou e tinha a intenção de dar, mas é generoso quem dá, e dá alegremente.  Quem me conhece, sabe quanto inquieto sou. Inquieto por uma vida verdadeira e se possível alegre, pra mim e para os outros, pelo menos aqueles que fazem parte da minha aldeia, familiar e comunitária. Caso contrário, não valeria a pena viver. Por mair redundante que seja, acho que uma vida triste é muito triste, o que não significa que uma vida não tenha momentos de tristeza. A felicidade, a alegria de  saber viver, depende um pouco da sorte e muito das virtudes de cada um. E quais serão estas virtudes? Escolhi dez que considero as mais cardeais. Minha felicidade depende delas, até que ponto consigo exercê-las? Não sei! São elas:

  1. O amor: o desejo, a amizade, a capacidade de dar a vida pelo outro, sem o qual é dificílimo, talvez impossível, viver.
  2. A coragem: a força que enfrenta o perigo, o medo, o sofrimento, a dor, as (mal)ditas agruras da vida.
  3. A justiça: aquela que respeita a igualdade, a legalidade e o direito do indivíduo
  4. A temperança: virtude da moderação e do equilíbrio dos prazeres. Nem excesso, nem  falta.
  5. A prudência: a capacidade de escolher os melhores meios para se alcançar os melhores fins.
  6. A generosidade: o reconhecimento voluntário do outro, a quem somos capazes de nos doar.
  7. A fé: uma crença sem prova e sem recompensa.
  8. A humildade:  parecer-se menor, sem deixar de ser grande.
  9. A simplicidade: a virtude da descomplicação, do desapego, da economia, da originalidade.
  10. O humor: dar vontade de rir até do que não seria engraçado. É tirar, literalmente, do sério.

Há outras virtudes, mas aqui e agora, fico com estas. Uma vida virtuosa a todos!