Na última terça-feira, dia 3, foi veiculado no Paranhana Online, site da TCA na Internet, a aprovação de quatro projetos que tratam da situação do Hospital de Caridade, que autorizam movimentações orçamentárias que permitem o município receber recursos do Estado, além de ratificar termos de compromissos firmados com o governo estadual e com o Hospital Mãe de Deus, que tudo indica fará a gestão do Hospital. A Câmara também autorizou que a Prefeitura repasse ao Mãe de Deus até R$ 600 mil para serem utilizados nas reformas a serem feitas no Hospital de Taquara. De acordo com o prefeito Délcio, após serem sancionados os projetos, será providenciado um primeiro repasse na ordem de R$ 325 mil ao Hospital Mãe de Deus, sendo R$ 125 mil provenientes do governo estadual, referentes à Consulta Popular de 2005 e os outros R$ 200 mil sendo de recursos próprios da Prefeitura, obtidos com a arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Assim, como se apresenta, se encaminha a regularização do Hospital de Caridade que permitirá a sua tão esperada e necessária reabertura. Na condição de empresário e representante de uma entidade empresarial que defende a idéia de uma priorização pelas coisas da terra, penso haver aí uma oportunidade para um pequeno fortalecimento da nossa economia. Como o Mãe de Deus não é uma instituição com raízes em Taquara e no Paranhana mas que agora passará a conviver e viver na comunidade, seria interessante que priorizasse as empresas e os prestadores de serviços daqui, que empregam e pagam seus impostos aqui, já desde os primeiros investimentos. Para isso seria importante que a Prefeitura chamasse a atenção dos administradores do Mãe de Deus e exercesse um mínimo de controle possível sobre esta prática. Claro que esta priorização pelos fornecedores locais, não poderia trazer prejuízos financeiros a entidade nem prejuízos no campo da qualidade. Ou seja, não se está pedindo para consumir daqui por obrigação, se a velha relação custo x benefício não compensa, mas que as escolhas do Mãe de Deus, fiquem bem transparente ao menos para os representantes fiscalizadores da comunidade. O que se pede não é privilégios, mas oportunidades. Se fosse para este caminho, teríamos um Hospital dando conta do seu propósito principal que é atender a saúde do corpo humano, mas também estaria fomentando a saúde econômica da região, sem ofender princípios econômicos nem morais.