Marketing do Calor

As duas primeiras semanas de janeiro foram marcadas por temperaturas altíssimas no Estado, inclusive foram batidos recordes históricos, os maiores registrados nos últimos 20 anos. O recorde foi batido por Igrejinha, onde a máxima, à tarde, chegou à 41,6 graus, no dia 8 de janeiro, ultrapassando o índice de 41,3 graus registrado no dia 26 de janeiro de 1986 em Campo Bom. A marca ficou apenas um grau abaixo do recorde absoluto de temperatura do Estado, ocorrido em 1943, quando a temperatura máxima chegou a 42,6 graus. Como o Oitavo Distrito de Metereologia tem ponto de presença em Campo Bom é o nome de Campo Bom que se viu estampar nos jornais do país e ser citado pelas grandes redes de TV do país. Aí vem a pergunta: Taquara não é mais quente do que Campo Bom? Por presumir que a resposta tem boas chances de ser afirmativa, ou seja, é possível que Taquara seja mais quente do que Campo Bom, a pergunta nos sugere a possibilidade de uma iniciativa em torno do pleito da instalação de um Distrito de Metereologia, senão em Taquara, numa das cidades do Paranhana, corrigindo assim um provável equívoco no apontamento das maiores temperaturas do Estado. Assim ao em vez de ver Campo Bom aparecer na mídia apareceria uma das cidades daqui. Para Taquara seria uma forma de estar em evidência, numa evidência que não seria depreciativa, pois depreciativo é estar entre as cidades com menor renda percapita do Estado, depreciativo é ser vista como uma cidade mal cuidada. Talvez, algum segmento que dependa do calor possa se interessar em se desenvolver por aqui, (desde que a cidade volte a ser bem cuidada, é claro). Desconsideradas todas estas motivações restaria ainda a motivação de ter no calor uma nova referência para Taquara, uma espécie de marketing do calor, já que a cidade carece de melhores identificações para restituir a estima que merece.

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