Meta e eficiência na educação

O que se pode pensar de um indivíduo que não tem metas? E que não acredita no caminho da eficiência para ter sucesso na vida? Metas e eficiência, eficiência e metas, não são conceitos restritos ao mundo dos negócios, nem do capitalismo. Meta e eficiência integram o imaginário da humanidade, de quem sonha com qualidade de vida, de quem busca a felicidade, com a compreensão que o destino desejado não chega por acaso. Poderemos fracassar mesmo sendo, em certa medida, eficientes, porque outros terão sido mais eficientes do que nós. Agora, improvável é ter sucesso sem ser eficiente. Assim, causa estranhamento a um pai que vê um professor desqualificar meta e eficiência quando o assunto é o processo de avaliação do próprio professor. Professor que desde os primórdios avalia seus alunos, estabelecendo metas e medindo eficiência. O estranhamento evolui para espanto, na medida em que esta posição é declarada por uma entidade com a história e a grandeza do CPERGS/SINDICATO. Para quem já foi ou é aluno conviver com metas desde os anos iniciais é um hábito. É meta nas faltas, é meta nas notas, tudo para traduzir a eficiência. Há inclusive uma nota mínima a ser cumprida, sob o risco da repetência, espécie de punição que hoje na sociedade da impunidade nem mais se aplica. Segundo a própria escola, há o “bom aluno”, que tem notas melhores, e o “mau aluno”, que tem notas piores, conforme critérios objetivos e também subjetivos avaliados pelo professor. Para as crianças meta e eficiência, antes de serem da “lógica de mercado”, pertencem a lógica da escola, que forma para o mundo lá fora. E, talvez, não poderia se diferente, pois pensar em não medir e não buscar eficiência beira a insanidade. Por que, então, tamanha resistência em aplicar o princípio de metas no processo de avaliação do professor? Já que o professor emprega o princípio na avaliação do seu aluno, não poderia ser empregado pelos pais e Estado para avaliar o professor? A não ser que as escolas públicas estão abolindo o atual processo de avaliação do aluno e fundando uma nova sociedade que aprenderá a viver sem metas. Seria de grande valia para o nosso Rio Grande que o CPERGS/SINDICATO (re)unisse a sociedade gaúcha, afim de construir um modelo viável de ensino com garantia de transparência, credibilidade e a tão sonhada qualidade, que passa pela eficiência do aluno e do professor. A classe dos professores do Rio Grande do Sul não merece o rótulo da incoerência e da intransigência.

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